sábado, 28 de novembro de 2009

A Espiral do Conhecimento (Capitulo 4 livro Gestão do Conhecimento)

A Espiral do Conhecimento (Capitulo 4 livro Gestão do Conhecimento)

A Espiral do conhecimento
As definições mais filosóficas não são nem um pouco desprovidas de interesse! A percepção do conhecimento como “crença verdadeira justificada” traz com ela o fundamental entendimento de que o conhecimento é o fato do ser cognitivo. Em outras palavras, não existe conhecimento sem uma pessoa que o detenha.
Surge então a clássica vontade de querer diferenciar dois tipos de conhecimento: o conhecimento de tipo “tácito”, e o conhecimento de tipo “explícito”, conforme realizado por Nonaka e Takeuchi. Definam-se então estas duas entidades basicamente da seguinte forma:

O conhecimento tácito é muito pessoal e difícil de ser codificado, ou seja, expresso por palavras. Por essência, é prático e é geralmente fruto de uma longa experiência, de uma convivência. Sua transmissão é extremamente complexa, pois necessita interações prolongadas, acertos e erros.

O conhecimento explícito é geralmente qualificado de “objetivo” e mais simples de ser codificado, ou seja, formalizado com palavras, números e fórmulas, para ser transmitido rapidamente e em grande escala. Geralmente, é percebido como teórico e sua transmissão pode ser realizada muito formalmente. Tipicamente, um conhecimento explícito seria o cálculo da velocidade conhecendo a distância percorrida e o tempo de percurso.
Abaixo podemos ver como funciona essa espiral do conhecimento:



A espiral do conhecimento também é composta por quatro elementos que giram constantemente entre o “tácito” e o “explicito”, que são a socialização, externalização, combinação e internalização.

A socialização é a transmissão imediata do conhecimento tácito de um indivíduo para outro. Fala-se muito neste processo em interação pessoal (face-2-face) e não se recomenda muito o uso de tecnologias da informação, impessoais e pobres em transmissão de contexto. Tipicamente, a socialização é o modo de transmissão de conhecimento na convivência do aprendiz com o mestre.
A externalização é percebida como uma ação mais formal e consciente de transformação do tácito para o explícito, no sentido de “normalizar” o conhecimento dentro de um padrão comum de modelo mental entre o emissor e o receptor.

A combinação é o processo de disseminação e sistematização do Conhecimento explícito. Uma vez formalizado dentro de um determinado Padrão comum de entendimento (como uma teoria), o conhecimento explícito poderá ser combinado e comparado com outros conhecimentos explícitos, e também ser disseminado em grande escala. Tipicamente a confrontação de dois relatórios e sua disseminação é um ato de combinação.

A internalização é a volta do explícito para o tácito, entendida como a apropriação do conhecimento explícito por um indivíduo, e seu enquadramento (sua compreensão) dentro dos modelos mentais particulares deste indivíduo. Tipicamente, se trata, por exemplo, de entender um relatório e formar uma opinião a respeito.

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